Bile Zampaulo
O que seria dos pobres se não fossem os ricos com suas empresas para gerar empregos e melhorar a vida dessa gente; o que seria do mundo se não fossem os grandes capitalistas, os grandes empresários, as formigas da fábula. Sei que muitos estão nesse momento concordando com as linhas iniciais, mas já vou deixar claro que esse não é o meu pensamento.
Citando Raul Seixas: “A formiga só trabalha porque não sabe cantar!”, e nessa perspectiva afirmo que a riqueza é produzida antagonicamente pelos pobres, pois quem pode negar que é o povo que faz a roda girar, é o povo, a grande massa popular que é o adubo, o fermento que faz nosso país ser forte.
A elite econômica e ou cultural insiste em não apoiar já as mudanças estruturais de nosso colossal país, através do domínio político.
Quando se sinaliza para um verdadeiro foco na erradicação da pobreza, via distribuição de renda, via políticas afirmativas para o empoderamento das minorias, os privilegiados de plantão não querem largar o osso.
A frase do Ministro Patrus Ananias resume essa nova visão: “Estamos descobrindo hoje que as políticas sociais garantem a sustentabilidade do crescimento econômico. Não se trata mais de crescer para incluir, mas de incluir para crescer”.
Essa mudança de enfoque deveria ser festejada, pois significa uma verdadeira quebra de paradigmas, com dizem no interior de São Paulo, mudou de oito para oitenta, ou da água para o vinho. Alguém se lembra de outra frase famosa muito usada por eles: “Primeiro é preciso fazer o bolo crescer para depois dividir”. E nós tínhamos que engolir seco, morrer de sede às margens de um grande rio.
Em quanto escrevo esse texto, meus ouvidos captam ruídos de mais uma passeata da esplanada dos ministérios: Reforma Agrária Já! Educação Já! Dignidade Já!
Numa dessas passeatas não consegui segurar meu lado militante de esquerda, entrei no meio da manifestação e perguntei ao primeiro “agitador”: - Dizem que o governo do Lula desarticulou os movimentos sociais, você concorda com isso?
Resposta: Nunca fomos tão atuantes como agora, e com uma diferença, agora somos ouvidos...
É querida colega Regina Duarte, você estava com medo de quê?
Resposta: Nunca fomos tão atuantes como agora, e com uma diferença, agora somos ouvidos...
É querida colega Regina Duarte, você estava com medo de quê?
Hoje podemos bater no peito e reafirmar o refrão da campanha lulista: a esperança venceu o medo, ou melhor, a esperança saiu do fundo da Caixa de Pandora e se materializou nas cisternas, no bolsa família, nos CRAS e CREAS, nos Restaurantes e Cozinhas Populares, só pra citar algumas ações.
O Brasil é o país do presente!
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Bile Zampaulo é ator, arte educador, mestre em artes, ex-secretário Municipal, e atualmente assessor do Gabinete do Ministro - MDS e Combate à Fome
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