O Centro Paula Souza, uma autarquia do governo de São Paulo com 40 anos de tradição na qualidade dos ensinos técnico e tecnológicos gratuitos, é fundamental na estratégia de desenvolvimento do Estado. O Centro é responsável pelas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs). Ambos têm na formação de profissionais voltados ao mercado de trabalho o centro de sua atuação.
Em 2007, o Governo do Estado anunciou um plano de expansão inédito, visando aumentar em 100 mil o número de alunos no ensino técnico, em 50 no ensino médio administrado pelas Etecs e duplicar o número de Fatecs, passando de 26 - total em 2006 - para 52 unidades. O prazo para o cumprimento das metas é 2010.
Para se ter idéia da velocidade da expansão, em junho de 2009 já estavam em funcionamento 46 Fatecs, ou seja, 90% da meta cumprida. Em relação às Etecs, cuja meta é criar 100 mil novas vagas, já foi cumprido 75%.
Um das grandes novidades do plano de expansão do ensino técnico e tecnológico é a escolha dos locais para a instalação das unidades. A idéia é acompanhar o desenvolvimento econômico do Estado, ou seja, as novas Fatecs e Etecs estão sendo instaladas em locais com grande demanda de mão-de-obra.
Além disso, os cursos praticados em cada novo prédio são direcionados às realidades regionais. No caso da Etecs, um bom exemplo é o curso de madeireiro, em Itapeva (cidade que conta com mais de 200 empresas do setor). Já nas cidades de Araçatuba, Jaboticabal e Piracicaba, grandes produtoras de cana-de-açúcar, por exemplo, as Fatecs ensinam bioenergia sucroalcooleira.
Desta forma, direcionando os cursos de acordo com a mão-de-obra demandada, o Centro Paula Souza, através das Fatecs e Etecs, atingiu um nível de empregabilidade formidável. Em 2008, 93% dos egressos das Fatecs estão empregados um ano depois de formados e 77% nas Etecs.
Em 2009, o Centro Paula Souza firmou um convênio com a Secretaria Estadual da Educação e a Prefeitura de São Paulo que vai permitir a abertura de mais nove mil vagas em cursos técnicos.
Os cursos funcionarão no regime de classes descentralizadas, ou seja, utilizando instalações da Secretaria da Educação e da Prefeitura. Assim, cada escola estadual ou CEU trabalhará em conjunto com a Etec (Escola Técnica) mais próxima, que será responsável pelos cursos.
Outra conquista elaboração de uma lei de salários e cargos, elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento, que permitirá que se estabeleçam planos de carreira para os profissionais do Centro Paula Souza.
AI Gov. Estado de SP
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Casos de dengue caem 47,9% em 2009
Novo balanço do Ministério da Saúde confirma tendência de queda de notificações este ano em relação a 2008 O novo balanço parcial de casos de dengue, divulgado hoje (24) pelo Ministério da Saúde, aponta redução de 47,9% nas notificações da doença, confirmando tendência verificada nas avaliações já feitas em 2009. A análise comparou os registros de casos de dengue dos estados e do Distrito Federal entre janeiro e 4 de julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Neste intervalo, em 2009, foram notificados 387.158 casos da doença, contra 743.517 em 2008 (veja tabela). Em 20 estados e no Distrito Federal, houve redução no número de pessoas com dengue. O destaque foi o estado do Rio de Janeiro, com a maior queda (96,2%).
Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram aumento. De acordo com o boletim, com exceção do Amapá, esses estados mais Mi-nas Gerais e Goiás, concentraram 76,9% das notificações de 2009. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os poucos registros da doença foram de casos importados, ou seja, de pessoas que contraíram a doença em outros estados. CASOS GRAVES – Também foi registrada queda (de 80,7%) nos casos graves de dengue, que passaram de 20.229, em 2008, para 3.896, em 2009. Esses casos correspondem à soma dos registros de Dengue com Complicações (DCC) e Febre Hemorrágica de Dengue (FHD). Separando essas duas formas graves da doença, os casos de DCC tiveram redução de 84,8%, passando de 16.569 (2008) para 2.510 (2009). São pessoas que tiveram complicações decorrentes da doença, mas que não chegaram a ter um quadro classificado como dengue hemorrágica. No caso da FHD, a queda foi de 62,1%: foram 1.386 casos em 2009, contra 3660 em 2008. ÓBITOS – O boletim mostra, ainda, uma redução de 65,7% nas mortes em decorrência da dengue. De acordo com dados enviados até o início de julho, houve 156 óbitos este ano, enquanto que no mesmo período do ano passado ocorreram 455.
O Ministério da Saúde destaca que os estados do Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (caso importado), mesmo com registros de casos graves de dengue, não tiveram óbitos pela doença, o que demonstra a capacidade do SUS em organizar uma resposta adequada em situações de transmissão de dengue. A Paraíba, que também não registrou mortes, não teve sequer casos graves da doença.
CAUTELA E MOBILIZAÇÃO – Para o Ministério da Saúde, os dados devem ser analisados com cautela, pois se ações contra a doença não forem mantidas durante os períodos de baixa transmissão e reforçadas nas épocas de pico, o número de casos e óbitos pode voltar a aumentar. Portanto, as ações de controle e prevenção devem ser permanentes e envolver governo federal, estados e municípios, além da população, entidades de classe, organizações não governamentais e iniciativa privada. A mobilização para evitar um agravamento do quadro de dengue em 2009 foi intensificada pelo Ministério da Saúde em outubro de 2008, meses antes do início do período de maior transmissão da doença, que vai de janeiro a maio.
É neste intervalo que ocorrem aproximadamente 70% das notificações.Na ocasião, foi anunciado o aumento de recursos para estados e municípios, que elevou para R$ 1,08 bilhão a verba para o combate à doença e a compra e distribuição aos estados de 270 nebulizadores costais motorizados, 200 veículos Kombi, 100 motocicletas, 40 veículos pick-up e 30 pulverizadores costais motorizados.Em parceria com o Ministério da Defesa, 2.300 militares foram colocados à disposição para o combate à dengue e atendimento a pacientes.
Já a parceria com o Ministério da Educação permitiu levar informação a estudantes e professores, como o filmete “Vila Saúde”, que está sendo veiculado para alunos do ensino básico.O ministro José Gomes Temporão manteve intensa agenda com os gestores nos estados e municípios — especialmente para alertar contra uma eventual desmobilização e interrupção das ações de controle no período de transição de prefeitos e equipes após as eleições municipais. O Ministério da Saúde também lançou uma nova campanha de mídia sobre a prevenção da doença e anunciou os resultados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) com o objetivo de lançar o alerta nacional de reforço de ações em áreas críticas, entre outras ações.
AI Ministério da Saúde
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