quinta-feira, 10 de setembro de 2009

nó cultural: entrevista com a banda Porão 365

site Porão 365
Alan, Fer Tavares, Cirè e Mateus: Porão 365



A Gazeta bateu um papo bem descontraído com os integrantes do Porão 365 para a coluna "nó cultural". Devido ao espaço, apenas alguns trechos foram publicados no jornal impresso, mas aqui você confere a entrevista na íntegra dessa banda que faz um rock nacional com muita personalidade. No próximo domingo (13), eles se apresentam a partir das 16h, no Aloha, em Capivari.

por Lincoln Franco

1) Gostaria que vocês apresentassem um breve histórico de cada músico. Por onde passou, se toca ou tocou algum outro instrumento... de onde é, e por aí vai...



Cirè: Sempre toquei no Porão365. Essa é a minha única banda.


Fer Tavares: Antes de tocar no Porão 365, fui músico em várias bandas de rock em Capivari e região, sempre como baixista. Algumas como integrante oficial, em outras como free lancer. Entre elas eu destacaria o Asgar (primeira banda), Mr.A, Ansata (Piracicaba)... Nossa, são várias!


Alan: já acompanhei duplas sertanejas, tive outras bandas de rock, e também toquei com bandas de baile, mas desde que “projetamos” o Porão 365, essa passou a ser minha única banda.


Mateus: Trabalhei com muitas bandas até chegar ao Porão 365 em minha curta carreira como músico. Entre elas estão bandas de Heavy Metal (Adrentork, Mr.A e a Mr. Ego), Hard Rock (Black Tears e a Leaves Me), Trash Metal (Damage) e bandas de rock n´ roll (Cama de Vícios e Chirikawa).



2) Como vocês se conheceram?


Fer Tavares: dos atuais 4 integrantes, eu fui o último a entrar na banda. Conhecia o Mateus há muito tempo, e tocávamos juntos no Mr.A. Quando o Porão 365 precisou de um baixista, ele me indicou, e foi como eu conheci o Cirè e o Alan.


Alan: o Cirè e eu nos conhecemos na casa de um primo meu mas viemos a ter contato para “tratarmos” de música no ônibus de um curso que fazíamos em uma cidade vizinha.Mateus: Conheci o Alan na faculdade onde fomos companheiros de sala, o Fer Tavares na estrada dos shows e o Cirè quando entrei na banda em 2004.



3) Vocês dividiram o palco com grandes nomes da música brasileira. Um deles foi o Made in Brazil, um clássico. Como foi essa experiência?


Alan: Foi uma grande experiência profissional e pessoal pois além de grandes músicos, que formam uma grande banda em família, já estando na segunda geração, pudemos perceber que são pessoas de uma índole ímpar e que demonstram muito amor ao que fazem, sem esmorecer com o passar do tempo e, principalmente, fazem um rock que não é moderno, não é antigo e nem atual, mas sim, literalmente, “Clássico”. Foi um aprendizado tanto sonoro quanto de perseverança naquilo que fazemos e no que acreditamos. São um grande espelho para iniciantes e iniciados na música.



4) O Zé Ramalho liberou para vocês a música "Mistérios da Meia Noite"...como vocês conseguiram essa liberação?


Cirè - Fizemos um show com o Zé Ramalho em Votorantim quando estávamos preparando o disco Vai se lembrar de mim. Foi uma coisa doida porque o Zé deixou a gente tocar o som dele, coisa que nenhum artista deixa. Depois disso, os músicos dele foram ouvir de perto a gente tocando e a galera cantando. Três dias depois entramos em contato com a produção dele e eles disseram: "o Zé ouviu a versão de vocês e gostou. Vamos falar com ele para ver se ele autoriza a regravação". Alguns dias depois eles nos mandaram a autorização e nos pediu que acertasse o restante com a EMI. Cerca de 30 dias depois a EMI nos autorizou, assinamos contrato e gravamos. Coisa muito bacana mesmo.



5) Vocês podem dizer que suas influências musicais vêm de...


Cirè: Muitas bandas e cantores como Zé Ramalho, Chico Science, Renato Russo, Jim Morrison, Eddie Vedder. E de pensadores como George Orwell, Aldous Huxley, Rimbaud, Edgar Allan Poe, Chico Buarque, Fernando Pessoa.


Fer Tavares: Eu tenho como referências alguns dos grandes baixistas da história do rock, como Cliff Burton (ex-Metallica), John Myung (Dream Theater), Markus Grosskopf (Helloween), Billy Sheeran (Mr. Big) e é claro Steve Harris (Iron Maiden) e Gene Simmons (Kiss).
Alan: principalmente Van Halen e Pink Floyd.
Mateus: Principalmente as bandas de Heavy Metal que eu já conheci e as que ainda vou conhecer influenciam no meu som. Gosto de bandas de rock de quase todas as vertentes.



6) O Porão 365 existe desde 1997, ou seja, tem 12 anos de estrada. Nesse tempo todo o que vocês enxergaram de mudança no cenário do rock nacional? E hoje, como ele está na percepção de vocês?


Cirè: Vejo três cenas no rock: a televisiva, a radiofônica e a underground. Na televisiva, ficamos com as bandas consagradas que nada acrescentam nos dias de hoje e as novas que são formatadas e massificadas. Tanto uma quanto outra tiveram muito investimento por parte das grandes gravadoras e agora precisam gerar o retorno. Já na radiofônica há uma abertura maior com bandas alternativas que estão mais estruturadas. E vejo a cena underground, na qual os maiores canais são os shows e a internet. É nesta cena que você consegue reconhecimento por aquilo que você faz realmente e é por este caminho que você começa se estruturar; é onde você aprende e encontra toda a estrutura conhecida como independente. É maravilhosa essa cena, mas ela é underground, ou seja, aberta a todos, mas frequentada por pessoas que realmente gostam do rock com toda a sua mudança e sua forma de vanguarda. Mas é importante dizer que as três cenas, embora pareçam desconexas, se completam. Não é da forma como eu gostaria, mas entendo que é da forma como o Brasil implanta sua cultura musical hoje.



7) E o trabalho próprio como ele vem passando por esses anos... Que mudanças vocês vêem nas composições próprias?


Cirè: No trabalho das letras, tivemos um certo amadurecimento. Hoje, sendo o letrista da banda, procuro observar mais e sentir mais as pessoas, porque algumas coisas são sentidas com exclusividade mas compartilhadas universalmente. O medo, a dor, o amor, são exemplos disso. Então hoje tento conscientizar e não protestar. E tento falar de amor universal e não próprio. Acho que essa é a grande evolução que tivemos em nossas letras.


Fer Tavares: Falando da parte instrumental, acho que alcançamos um ponto de maturidade e entrosamento maravilhoso. Isso faz com que cada um de nós se expresse musicalmente, sem deixar de mostrar suas referências, mas também sem ocupar o espaço dos outros músicos. Isso faz com que nossas músicas sejam coesas, e ao mesmo tempo simples e complexas.


8) O que significa o atual contrato com a gravadora Oxigênio Digital?


Fer Tavares: Para mim é um passo muito grande na nossa trajetória. Estamos apostando e investindo, junto com a Oxigenio, em um modelo de negócio novo, em uma maneira nova de se vender e distribuir música. Nossas músicas estarão disponíveis para compra na Internet, a um preço extremamente acessível, em sites como Submarino, Som Livre, MSN, Yahoo, etc, além de estarem disponíveis para compra pelos celulares de praticamente todas as operadoras como Vivo, Claro, Tim e Oi. O Porão 365 é diferente, e seremos diferentes também neste sentido.



9) E pra encerrar, toda banda passa por poucas e boas. Conta pra gente uma história que marcou a trajetória de vocês. Uma que os fez chorar... ou chorar de rir...


Mateus: O pior momento que já passamos juntos com certeza foi a morte da mãe do Fer Tavares minutos antes de uma apresentação em Sorocaba. Todos estavam no camarim enquanto eu acabava de passar o som da bateria no palco. Quando a notícia do falecimento da mãe do Fer chegou ele de forma surpreendente quis continuar com a apresentação e foi emocionante demais.

Capivari confirma primeiro caso da Gripe A

Paciente foi atendido pelo convênio do Hospital Vera Cruz, na cidade de Campinas

A Secretaria da Saúde de Capivari informou na manhã desta terça-feira (08), o primeiro caso confirmado da nova Gripe A (H1N1). O paciente de 09 anos foi atendido no último dia 31 de agosto no Hospital Vera Cruz, na cidade de Campinas e ficou hospitalizado até o dia 04 de setembro. O exame foi colhido no dia primeiro e o resultado apresentado positivo no dia 04, sexta-feira a tarde. O paciente recebeu a medicação Tamiflu apenas durante o tempo em que esteve hospitalizado.

A Secretaria da Saúde anunciou ainda que recebeu a informação de confirmação deste caso por meio do Instituto Adolfo Lutz.

O paciente está em casa e passa bem sob monitoramento e orientações dos profissionais da Secretaria.

Confira os dados dos atendimentos realizados em Capivari:
Até a manhã da última terça-feira (08) a Secretaria da Saúde registrou 44 atendimentos realizados em Capivari, sendo 1 da cidade de Rafard (confirmado resultado positivo para a nova gripe A), 1 da cidade de Mogi Mirim (resultado negativo), 1 da cidade de Itapuí (resultado negativo) e 1 da cidade de Elias Fausto (resultado Negativo).
Dos 43 casos descartados, 36 foram descartados clinicamente e 7 descartados laboratorialmente (exames).

A Secretaria informou que um segundo paciente morador de Capivari foi atendido também no Hospital Vera Cruz da Cidade de Campinas por meio de convênio médico. Este paciente ficou internado no hospital mas teve resultado negativo para o exame da nova Gripe A (H1N1).
da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Capivari