quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rodrigues de Abreu









Jehoval Junior




Filho de Narciso Rodrigues de Abreu e de Leonor Rodrigues da Silva o poeta nasceu na fazenda “Picadão” em Capivari. Com sete anos de idade Rodrigues de Abreu transferiu-se para Piracicaba com a família onde seu pai passou a trabalhar como operário na Ituana.
Em Piracicaba fez seus primeiros estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, mudando-se anos depois para São Paulo com seus familiares.

Em São Paulo trabalhou como ajudante de farmácia com 12 anos cuidando da limpeza e da entrega de vidros de remédios. Com o firme propósito de continuar seus estudos mudou-se para Lorena a fim de entrar no Seminário transferindo-se para Minas Gerais para seguir vocação religiosa.

Seu contato com a poesia se deu no colégio onde aprendeu com os grandes mestres a essência da literatura da qual nunca mais abandonou. Quanto sua vocação religiosa percebeu que estava distante de seus anseios pessoais e em maio de 1918 decidiu retornar a Capivari.
Na sua cidade natal começou a trabalhar na Caixa de Crédito Agrícola e é justamente deste período que seus versos começaram a aparecer nos jornais de circulação local.

O jovem Rodrigues de Abreu foi sem dúvida importante para a vida cultural e esportiva da cidade. Com tão pouca idade e em pouco tempo conseguiu contribuir com sua terra tornando-se influente e querido por todos. Além de escritor, foi um dos fundadores e primeiro presidente do Capivariano Futebol Clube, sendo também centro-avante e autor do hino oficial do clube.
Em 1921 partiu novamente para São Paulo para trabalhar por intermédio do amigo Amadeu Amaral na famosa revista “A Cigarra” retornando a tranqüilidade capivariana por não acostumar-se com a cidade grande.

Em 1924 manifestaram no poeta os primeiros sinais da tuberculose e esse período marcou sua última vinda a cidade de Capivari. Entre 1924 a 1927 fez inúmeras viagens em busca de recuperar-se vindo a falecer dia 24 de novembro de 1927, com 30 anos em Bauru, cidade que viveu sendo reconhecido como grande personalidade literária e humana. Até hoje é lembrado tanto em Capivari quanto em Bauru deixando sua obra como testemunho e patrimônio da Literatura Brasileira.

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Jehoval Junior é professor, pesquisador e jornalista, autor de diversos trabalhos sobre a história local além de pesquisador de “Tarsila em Revista”, “Capivari: Terra, Esperança e Paixão”, “Santo Expedito: O Guerreiro da Luz” e “Tarsila Eterna”.

Câmara Federal aprova aumento do número de vereadores

Em contrapartida, o texto aprovado prevê a redução das despesas das câmaras municipais.


O Plenário aprovou nesta terça-feira, em segundo turno, as PECs 336/09 e 379/09, ambas do Senado, que aumentam o número de vereadores do País dos atuais cerca de 52 mil para cerca de 59 mil. Além disso, ficam reduzidos os percentuais máximos de receita municipal que podem ser gastos com as câmaras. As PECs serão promulgadas em sessão solene do Congresso. O texto mantém as 24 faixas de números de vereadores aprovadas pela Câmara no ano passado, mas muda a fórmula de cálculo das despesas.
Em vez de percentuais relacionados a faixas de receita anual dos municípios, como pretendido pela Câmara, os senadores mantiveram a aplicação de percentuais com base em faixas de população, como determina a Constituição atualmente.O substitutivo votado, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), não faz mudanças de mérito nas PECs, pois apenas reúne os dois textos em um só. A matéria teve 380 votos a favor, 29 contra e 2 abstenções.
Inconstitucionalidade A exemplo do primeiro turno, as divergências em torno do texto se mantiveram nos debates. Um dos pontos polêmicos é a validade retroativa para o pleito de 2008 da mudança do número de vereadores, que beneficiará os suplentes de uma eleição encerrada. A redução dos repasses, entretanto, passará a valer a partir do ano seguinte à promulgação da PEC.Segundo o relator, quem determina as regras eleitorais "é esta Casa e não o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)".
Faria de Sá lamentou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Britto e Gilmar Mendes tenham se manifestado sobre o tema e disse que eles têm de se declarar impedidos de julgar uma possível Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), pois opinaram antecipadamente contra a retroatividade das regras para as eleições de 2008.Para o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), a retroatividade é "absolutamente inconstitucional, por alterar um resultado de eleições homologadas".
Ele lamentou que as lideranças não tenham se mobilizado para adotar um destaque que retirasse do texto a retroatividade para o novo número de vereadores. José Carlos Aleluia (DEM-BA) também discursou contra a PEC. Segundo o deputado, a proposta "fere frontalmente a Constituição e não tem apoio da população, que prefere eleger diretamente os seus representantes". A favor das PECs, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), argumentou que a Câmara apenas restabeleceu o número de vagas compatível com a representatividade de cada município.
"Não estamos nomeando nenhum vereador, pois as câmaras municipais têm plena autonomia para acatar e adequar a emenda constitucional", disse.Divergência e acordo No ano passado, o Senado aprovou apenas o aumento de vereadores, transformado na PEC 336/09. Quando essa proposta foi enviada à Câmara, o então presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) se recusou a promulgá-la.
Ele argumentou que os senadores romperam o equilíbrio do texto aprovado antes pelos deputados (o aumento de vagas estava condicionado à diminuição de despesas).A recusa levou o então presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, a entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo a promulgação parcial do texto já aprovado pelas duas Casas e que tratava apenas do aumento de vereadores.Em março deste ano, houve um acordo que resolveu esse impasse: as novas mesas diretoras das duas Casas decidiram analisar a parte que trata da limitação de gastos em outra proposta e o Senado desistiu do mandado de segurança no STF. Por isso, foram aprovadas duas PECs nesta quarta-feira.
Agência Câmara