segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Assunto Capivariano: A primeira Câmara












Jehoval Júnior


A primeira Câmara de Capivari começou a funcionar em 25 de julho de 1833, eleita no ano anterior (dia 7 de setembro).

Com a instalação do Município, Capivari, desliga-se definitivamente de Porto Feliz e começa a decidir os rumos que a futura cidade precisava tomar.

Os homens formados eram dois: o padre e o cirurgião. A vila possuía também, 8 negociantes e 12 jornaleiros, quatro estrangeiros, sendo dois naturalizados. Era juiz de paz, o senhor Felisberto da Costa Guimarães.

O responsável pelo município, considerado o primeiro prefeito, foi o tenente Fernando Paes de Barros, nomeado pelo presidente da Província de São Paulo.
Os vereadores foram nomeados pelo Decreto do Regente Campos Vergueiro, com mandato previsto para três anos.

Martim de Melo Taques foi o primeiro presidente da Câmara de Capivari. Melo Taques era filho do ilustre literato ituano, o poeta Vicente da Costa Góis e Aranha, que foi Capitão-Mor em Itu, por 46 anos.

Em 1835, acontecem as primeiras atitudes municipais estabelecidas por lei de 26 de agosto de 1835.

A segunda Câmara foi eleita em 1835 sendo criada a Cadeia Pública em baixo e a Casa da Câmara em cima.

O Município, em 1836, contava com 3.437 habitantes e tinha 52 engenhos produzindo 52.193 arrobas de açúcar e 490 canadas de aguardente.

No ano de 1837, o açúcar era a principal cultura, alavancando o comércio nas vilas ao ocidente da capital, Jundiaí, São Carlos, Itu, Porto Feliz, Capivari, Sorocaba e Piracicaba.

A terceira Câmara Municipal foi eleita em 7 de setembro de 1837. Assim, a construção da ponte - então considerada nova - sobre o rio Capivari (na XV de Novembro) seguiu de 1838 a 1840. Ela contava com 400 palmos de comprimento por 25 de largura.

Em 1839, foi nomeado vigário, o padre Fabiano José Moreira de Camargo, que mais tarde se tornaria chefe político da cidade e da região além de ser eleito deputado provincial.
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Jehoval Junior é professor, pesquisador e jornalista, autor de diversos trabalhos sobre a história local além de pesquisador de “Tarsila em Revista”, “Capivari: Terra, Esperança e Paixão”, “Santo Expedito: O Guerreiro da Luz” e “Tarsila Eterna”.

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