O médico Dalton Santos Maranha psiquiatra concursado na Prefeitura de Capivari para o cargo de psiquiatra do Caps II (Centro de Atenção Psicossocial) distribuiu uma carta à imprensa, na quinta-feira (15). Ela data de quarta-feira (14) e afirma que o motivo do pedido de demissão volta-se à uma “perseguição política”.
A informação é refutada por meio de uma nota oficial da prefeitura, disponibilizada na última sexta-feira (16). No documento, a assessoria de imprensa afirma que não houve perseguição política em relação ao Dr. Dalton, e sim uma denúncia “de que o médico havia pedido licença saúde na Prefeitura e que no mesmo período em que estaria de em gozo desta licença, estaria trabalhando em outro local e ainda recebendo salário pela Prefeitura. Como esta Administração tem obsessão por aplicar com justiça o dinheiro público, o Secretário da Saúde, Ermeson Guimarães de Oliveira, pediu abertura de uma sindicância para apurar a denúncia”.
Maranha conta que no dia 28 de maio recorreu à uma médica a fim de que sua conjuntivite fosse diagnosticada, sendo que neste dia recebeu o atestado de 3 dias. Entretanto, a doença piorou no final de semana e por isso retornou ao médico obtendo mais 6 dias de afastamento. “Fiquei afastado do Caps II nove dias corridos, mas realmente trabalhei na usina entre os dias 1 e 5 de junho, já que em se tratando de um trabalho mais burocrático [medicina do trabalho] julguei que não haveria problema. Trabalhei por redução de danos”.
Segundo o médico, na sindicância ele reforçou suas afirmações e motivos, apesar disso, as indicações não paravam de chegar e quando o processo estava praticamente concluído, as investigações iniciaram novamente. Maranha defende que foi nesse dia, última quarta-feira (14), que entrou em contato com a coordenadora da Caps II Vânia Rosatto, e pediu demissão já que também já tinha sido obrigado de ouvir do médico e vereador, Dr Arnaldo Nacarato, em tribuna, que tanto é a favor da saúde que foi contra o posicionamento de um médico que deu atestado médico a outro médico.
De acordo com a nota da assessoria, “numa sindicância, o investigado tem todo direito e possibilidade de se defender”, discorre o documento que ainda esclarece que com o término desse processo investigatório o fato será encaminhado ao Ministério Público “será mais uma oportunidade para o investigado se esclarecer”.
Maranha foi vereador pelo PSB entre 2004 e 2008 e fazia parte da base do governo no período. O médico ainda declara, no comunicado, que cumpria suas funções. “Declaro que sempre cumpri com minhas obrigações ético-profissionais. Neste contexto, não posso aceitar esse tipo de perseguição infundamentada (sic) do Poder Executivo e amplamente divulgada em sessões camarárias nas últimas semanas por alguns edis”, diz na carta. O ex-funcionário público municipal conclui agradecendo a equipe do Caps II.
O pedido de exoneração que foi encaminhado ao prefeito Luis Donisete Campaci (PMDB) data de 8 de outubro, mas à assinatura de Maranha segue-se assinalado o dia 14.
Para a administração, esta notícia de que o médico teria pedido demissão antes mesmo das conclusões dos trabalhos é uma surpresa.
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