Jehoval Júnior
A região onde, hoje, está Capivari, recebeu seus primeiros visitantes no início do século XVIII. Em 1718, com a descoberta de ricas jazidas de ouro, nas cercanias de Cuiabá - período este em que um grande número de aventureiros passou por ela para abreviar o caminho até Mato Grosso -, em busca do metal precioso. Essas viagens aconteceram por via fluvial, pois a mata não oferecia condições favoráveis. Os aventureiros enfrentavam grandes perigos, fome e lutas ao longo do caminho.
Uma dessas expedições saiu de Porto Feliz, por ordem do marquês de Pombal e sob o comando do capitão general Morgado de Mateus, mas foi dizimada em grande parte pelos índios.
Por ser de difícil acesso, o lugar também foi escolhido pelos governadores das capitanias hereditárias para isolarem seus inimigos políticos. Longe dos centros urbanos, essas pessoas sentiram a necessidade de procurar uma maneira de se proteger das perseguições. E para isso, passaram a montar acampamentos às margens do rio, buscando assim, locais com bom clima, topografia e águas favoráveis à sobrevivência. No final do século XVIII, um grupo de ituanos encontrou um local com essas características e decidiu se estabelecer ali. Assim começa a história da “Terra de Poetas”.
Em 1785, instala-se a primeira venda às margens do rio, conhecida como “Venda do Chico”, pedido feito à Câmara de Itu por Francisco Idorgo. Este fato também atrai muitos moradores ao longo dos tempos com a vontade de crescimento em novas terras.
No ano de 1790, o povoado aparece nos censos realizados por Itu com uma população flutuante. Na maioria, trabalhadores de empreiteiras que executavam serviços e se mudavam no final das obras.
Já em 1800, às margens do lendário “Rio das Capivaras” floresce uma pequena população que mais tarde passa a se chamar Capivari.
Jehoval Junior é professor, pesquisador e jornalista, autor de diversos trabalhos sobre a história local, além de pesquisador de “Tarsila em Revista”, “Capivari: Terra, Esperança e Paixão”, “Santo Expedito: O Guerreiro da Luz” e “Tarsila Eterna”.
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