O Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Capivari e Região (Sindivarejista) realizou na terça-feira (11), na Associação Comercial e Industrial de Capivari (Acic) a primeria assembléia extraordinária com empresários do comércio varejista de Capivari. Na oportunidade foram levantadas reivindicações do comércio com o objetivo de celebrar uma Convenção Coletiva de Trabalho no município.
Segundo representantes da instituição houve “um boicote promovido por outras entidades existentes no município e que se dizem representar os empresários do varejo, mas sem possuírem permissão legal do Ministério do Trabalho e Emprego para o exercício da representação sindical”. A assessoria de imprensa diz ainda que a referida entidade teria realizado contatos telefônicos pedindo aos empresários que não atendessem à convocação. “Segundo relatos, a ordem era para impedir a realização da assembleia mesmo que fosse preciso o uso da força”, comunicaram.
Os representantes do Sindivarejista, informam ainda em nota encaminhada à redação, que se sentindo ameaçados e seguindo orientação da Acic solicitaram apoio da Polícia Militar e contrataram dois seguranças particulares. Mesmo assim, nenhum incidente foi registrado.
Os trabalhos que contaram com a presença da presidente do sindicato, Sanae Murayama Saito, duraram pouco mais de 40 minutos. Ela explicou a importância da assinatura de uma Convenção Coletiva de Trabalho no município e os prejuízos que a falta dela pode trazer. A cidade, há pelo menos quatro anos não possui o documento. A entidade disse que “o motivo é a interferência desta entidade que alega representar os empresários do varejo da cidade. Recente decisão da Justiça referendou a representação ao Sindivarejista Campinas”.
O presidente da Acic, Leandro Rogério Scuziatto, não defendeu nenhum dos dois sindicatos. "Não se trata do fato de apoiar essa ou aquela entidade, e sim de respeitar uma decisão suprema do Ministério do Trabalho, que confirmou o Sindivarejsita como representante legal do varejo de Capivari mesmo com a atuação desta outra entidade.” Outra reunião, ainda sem data definida deve ser agendada.
Outro lado
A outra entidade citada é o Sindicato Patronal. Para o presidente, Eder Antonelli, 33, a questão é meramente política e envolve o presidente da Acic. Ele ainda diz que seu registro não foi cassado. “O juiz não cassou meu registro, isso vai ser decidido via judicial ou consensual e nós aguardamos o [resultado do] recurso em Brasília”, explica.
Segundo Antonelli, o Sindivarejista perdeu a base por não dar atenção ao município e agora tenta reverter o quadro. “Antigamente a base Capivari, Monte Mor e Elias Fausto pertencia a Campinas, e em virtude do sindicato nunca amparar a cidade de Capivari, fundamos o sindicato [Patronal], em 2004. Dois anos depois conseguimos o registro no Ministério do Trabalho. Em 2006 fomos regulamentados. Agora, o Sindivarejista tenta recuperar a base. Parece que acordaram para a vida”, dispara.
Ele informa que a primeira convenção foi realizada em 2005 e teria sido homologada pelo fato de o ministério ter julgado que eles representavam a categoria. “Sempre sentamos para conversar com o sindicato dos empregados, mas nunca chegamos a acordos, porque os empregados pedem o que não condiz com que os empresários podem pagar. Instauramos dissídio e sempre informamos os comerciantes que havia a necessidade do reajuste”, conclui.
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