segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Assunto Capivariano: Casa do Barão Almeida Lima







Jehoval Júnior

Sua construção foi iniciada por iniciativa de um dos principais fundadores da cidade, Antônio Pires de Almeida Moura, neto do capitão-mor de Sorocaba, José de Almeida Leme.
Os trabalhos começaram em 1842, mas devido as suas responsabilidades com as produções das fazendas, as melhorias estruturais do povoado e a responsabilidade pela edificação da igreja, Antônio Pires foi adiando a conclusão ao longo dos tempos. A obra seria o seu novo solar, mas devido a sua morte em 1852, a viúva vendeu a construção - na fase de colocação do telhado - ao major Manoel Bernardino de Almeida Lima (nascido em Porto Feliz, em 5 de fevereiro de 1808, foi um importante fazendeiro em Capivari recebendo mais tarde, em 1886, o título de Barão de Almeida Lima, concedido pelo imperador D. Pedro II por ter colaborado com a Vila doando o edifício do “Coleginho”, no ano de 1884).

O grande edifício de taipa pilada, de quatro águas, com 12 janelas para a Rua Fernando de Barros e seis para a praça padre Marques, possui também jardim, quintal e ostenta no portão de entrada, dois leões de terracota, de 1837.

Em 1878, foi o edifício mais importante da cidade: recebeu D. Pedro II e Dona Teresa Cristina, durante a terceira visita deles à Província de São Paulo.

Após o falecimento do barão - possuidor de inúmeras propriedades e sem filhos –, o único herdeiro universal, um sobrinho dele, alugou o prédio de 1910 a 1932 a Luiz Corazza, que transformou o edifício em um hotel chamado “Hotel Corazza”.

A casa foi tombada em 1969 pela Condephaat e é, ainda, um dos mais belos prédios da cidade. Atualmente a propriedade pertence à professora Ângela Lembo, viúva do querido professor Aldo Silveira.

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Jehoval Junior é professor, pesquisador e jornalista, autor de diversos trabalhos sobre a história local além de pesquisador de “Tarsila em Revista”, “Capivari: Terra, Esperança e Paixão”, “Santo Expedito: O Guerreiro da Luz” e “Tarsila Eterna”

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