Tranqüilidade, paz interior, contato com a natureza. Essas são algumas das metas do artesão de 28 anos, Roberto Viana. Nascido em Ourinhos, interior do estado de São Paulo, depois de viajar e morar em muitas cidades do Brasil, Viana vive hoje em Capivari. “A única coisa que gosto de fazer é isso: conhecer e conversar com os demais”.
Buscou a cidade como morada graças à mãe que se mudou para a cidade dos poetas em busca de sossego. Há dois anos, o artesão confecciona e vende seus produtos manuais em uma das principais ruas capivariana. “Todo dia vendo um pouquinho, apesar das pessoas não gostarem tanto de produtos artesanais”, comenta Viana que para se adequar ao ‘gosto do freguês’ passou a comprar peças industriais procuradas pelos clientes logo que veio para Capivari. Apesar da falta de reconhecimento pelos trabalhos artesanais, Viana confessa que nunca pensou em sair do ramo, atividade desempenhada desde sua maioridade.
É desta forma que o artesão segue a vida. Aos finais de semana viaja para cidades vizinhas, apresentando suas peças feitas com sementes e folhas de árvores, arame modelado e até cascas de coco pirografadas. Segundo Viana, a procura por este tipo de produto é maior em cidades turísticas e universitárias, onde este público opta por enfeites diferenciados.
Apesar da baixa procura, o que mais preocupa Viana é a crescente postura maldosa das pessoas que na maioria das vezes buscam tirar proveito de todas as situações. “Se o pessoal seguisse os ensinamentos cristãos muita coisa ia melhorar, mas as pessoas só pensam em dinheiro. Espero que isso mude, só não sei quando isso vai acontecer, porque o que vejo, cada dia que passa, é mais pessoas pensando assim”, pondera o artesão que afirma que ‘corre’ de pessoas ruins.
Questionado sobre a melhor maneira de se viver frente à essa realidade, ele defende que o ideal é ‘saber levar’ a vida, não esquentando muita a cabeça e fazendo sua parte para que o mundo melhore”.
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