da Folha de S.Paulo da Folha Online
A 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou o bloqueio dos bens de dois filhos do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), Otávio Maluf e Lina Maluf Alves da Silva, e de duas empresas controladas pela família, a Kildare Finance Limitec e a Macdoel Investment. Uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público na segunda-feira pedia o bloqueio dos bens e a repatriação de mais de R$ 300 milhões, resultado de superfaturamento de obras quando Maluf era prefeito de São Paulo.
Na ação, os promotores Silvio Marques e Saad Mazloum querem que Maluf devolva R$ 300 milhões que teriam sido enviados ilegalmente ao exterior e utilizados para comprar ações da Eucatex --empresa da família do parlamentar. A assessoria de Maluf divulgou nota na qual nega que o deputado tenha conta no exterior. "Paulo Maluf não tem e nunca teve conta no exterior. O aumento de capital da Eucatex foi feito em 1997, de forma legal, juridicamente perfeita e aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários. Essa ação é mais uma invencionice do promotor Silvio Marques." A investigação começou em 2001 e já tem 55 mil páginas. Segundo o Ministério Público, os documentos mostram que Maluf desviou cerca de US$ 160 milhões dos cofres públicos, entre 1993 e 1998, por meio de superfaturamento de obras da avenida Água Espraiada (atual avenida Jornalista Roberto Marinho) e do túnel Ayrton Senna. Segundo a promotoria, Maluf recebeu recursos indevidamente até dois anos depois de ter deixado o cargo. O dinheiro foi remetido ilegalmente para contas secretas no exterior, especialmente em bancos dos Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, Ilhas Jersey, França e Luxemburgo, por meio de empresas controladas por familiares de Maluf. Segundo os promotores, a maior parte desse dinheiro retornou ao Brasil, na forma de investimento.
Concordo plenamente e é justamente por isso que o jornal A Gazeta nasceu focado numa linha editorial voltada para a conscientização da população. Somente assim, poderemos ter uma sociedade justa, na qual nossos ‘representantes’, melhor dizendo nossos ‘funcionários’, terão receio de agir de forma negligente e corrupta, p s terão uma população crítica e ciente de seus direitos para cobrar.
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